13 de ago. de 2012

Quadro

Um quadro quando está concluído não tem mais nada a ser acrescentado. Está ali, ninguém mais lhe toca. Depois do artista terminar a sua obra ele sabe que a obra está completa, que pode pousar os pincéis e tintas porque o seu trabalho chegou ao fim. Depois vão passar anos, décadas, séculos pela sua obra e ele sabe e tem a certeza absoluta que independentemente dos anos que passem pela sua obra ela vai manter-se igual. Quase como tivesse acabado de sair do cavalete directamente para exposição. Apenas será afetada pelo tempo, causador natural de desgaste. Serve isto para dizer que existem pessoas que a vida para elas não passa de um quadro. Para o bom e para o mau. Para certas pessoas a vida delas (pensam elas) vai para sempre ficar inalterada, chegaram ao ponto eram que pousaram os pincéis, já deram os retoques que achavam necessários. Dão um passo atrás, olham para o quadro e acham que não há mais nada a ser feito, concluíram o que há muito haviam planeado. Depois disso ficam a admirar a obra, contentes e felizes pensado eles que depois obra terminada nada a irá afetar.

8 de ago. de 2012

3 de ago. de 2012

Abre Olhos

Quem nunca levou ou precisou de um? Eu já. E também já servi de abre olhos a muitas pessoas. Às vezes temos de fazer o papel de advogado do diabo, outras vezes precisamos de falar mais alto que os restantes, ou então é necessário encostar alguém à parede. Outra vezes basta apenas uma palavra ou um gesto, de forma contrária também é necessário por vezes declamar-se uma enxurrada de palavras que nunca mais termina e depois de tudo rezar para que as mesmas tenham tido o efeito pretendido. O abre olhos, é como as 1001 receitas que existem para o bacalhau, pode apresentar-se de maneiras tão diferentes e dispares que para enumerá-las as todas seriam necessárias várias páginas de textos explicativos de como o fazer.

Venham eles.

Verdade

Sou vingativo, mas não vivo para a vingança.

2 de ago. de 2012

Dúvidas

Quantas vezes é que se deve dizer amo-te? Há algum limite, um mínimo, um número ao qual depois de chegarmos não se deve de dizer mais amo-te? Será que vamos cair no exagero se o dissermos sempre que enviamos uma mensagem à pessoa? Ou devemos de dosear bem as vezes que o dizemos, de forma a não cairmos na vulgaridade e de forma a que as palavras não se tornem inócuas? Será que só devemos dizer ao príncipio do dia de depois no fim? Devemos fazer como? Encontrar uma forma de dosear a quantidade de vezes que dizemos amo-te, ter uma espécie de medida que nos permita aplicar a dose certa dessas palavras dia a dia? Devemos esperar que o amo-te saia primeiro da boca da outra pessoa para podermos demonstrar e dizer que também amamos essa pessoa? Então e se a outra pessoa não o disser vezes suficientes? Então e se o suficiente o for para a outra pessoa, mas não para nós? Será que devemos de anotar num papel o número de vezes? Assim não perdíamos o rasto, assim já podíamos contabilizar, já podíamos controlar, já podíamos saber se tínhamos atingido ou não o número de vezes que podemos/devemos dizer amo-te...Então mas como é que sabemos qual é o máximo ou o mínimo de vezes que o devemos dizer? "...dizes as vezes que achares que deves dizer, as vezes que sentires que queres dizer..." afinal não há contas a fazer, não interessa...sai quando tiver de sair, diz-se quando se tiver de dizer. Não se espera por ninguém, não se controla, não se contabiliza...diz-se apenas e só...amo-te.

Já tinha colocado? Não faz mal, repete-se.