29 de mai. de 2013

28 de mai. de 2013

Disse-me

"...perde-se a magia..." e eu fui obrigado a concordar. Há coisas que queremos que sejam só nossas, que mais ninguém possa usufruir delas e quando descobrimos que há mais alguém a desfrutar desses pequenos gestos ou palavras, há algo que muda cá dentro. Os gestos já não parecem tão genuínos, as palavras já não têm o mesmo impacto, não conseguimos voltar a sentir a tal magia que se perdeu. E queríamos tanto que essa magia fosse única, que fosse só nossa, mas já não é.

15 de mai. de 2013

Tenho

uma segunda follower!! Welcome!!! :-)

9 de mai. de 2013

E depois?

depois vem a vida, prega-te um estaladão de todo o tamanho, dás por ti encostado a um canto sem te conseguires mexer, como um boxeur que acabou de ficar ko e nem a contagem do árbitro consegue ouvir. Nem sequer tens hipótese de reagir, num momento estás de pé a pensar que vais conseguir passar mais um round, que vais sair vitorioso, que vais poder levantar os braços e festejar, que apesar das dificuldades conseguiste ultrapassar mais esta prova... mas num milésimo de segundo, tal como a velocidade de uma bala és atingido em cheio, naquele ponto que te desliga, naquele ponto em que todo o teu corpo faz um shutdown, onde há a junção do maxilar. Esse ponto é crítico, e um murro bem assente nesse ponto, sabes que não tens a mínima possibilidade de reacção, não sentes dor, nem medo. A única coisa que sentes são as tuas pernas a falhar, sem forças, os teus braços desistem de proteger a cara, em menos de um segundo estás no chão indefeso, inerte, frágil. Um golpe, só isso. Sabes que a única coisa que te pode salvar é conseguires levantar-te antes do árbitro chegar aos dez... e nada continua a fazer sentido, com os olhos fechados, punhos cerrados e com todo o teu corpo a tremer de tão frágil que está, tentas reunir forças sem saber bem como, a contagem continua, dez, nove, oito...ainda não te mexeste, continuas a tentar recuperar o fôlego, sete, seis... tu consegues dizes a ti próprio, um joelho sai do chão, os braços tentam erguer o teu corpo, consegues erguer o tronco, cinco, quatro,três... apoias as duas mãos sobre o joelho que já saiu do chão, soltas um grito parecido com o de um animal selvagem, tu consegues... dois, um... segundo joelho, sentes agora o teu corpo a erguer-se lentamente, zero...

Olhar desesperado, procuras o sinal do árbitro para continuar, não sabes se conseguiste levantar-te a tempo.

Conseguiste... venha o próximo round, ding, ding...

7 de mai. de 2013

Sem aviso

eu desapareço, ganho asas como um pássaro e voo para longe, o mais longe que consigo ir até as forças me abandonarem. Cada inalar, penso que será o ultimo, a cada pestanejar penso que já não vou conseguir abrir os olhos. De cada vez que consigo abrir os olhos, guardo na minha mente algo parecido com uma fotografia, é a ultima, penso eu. Estou longe, fui eu que quis assim, ninguém me obrigou, não fui ameaçado. Foi de livre e espontânea vontade, sem pensar muito no assunto. Virei costas, fugi, acobardei-me, não quis saber de mais nada a não ser de mim.

Deixei de não estar onde queria.

1 de mai. de 2013